domingo, 9 de maio de 2010

Teoria da Trova

Se há um assunto que aflige cabeças masculinas, principalmente aquelas que são desprovidas de beleza ou riqueza material, é a boa trova. Tudo que resta a quem não tem outra coisa senão a voz e o cérebro para conquistas é uma boa conversa.

Assim sendo, desenvolvem-se centenas de técnicas, algumas já milenares, para a conquista feminina. Isto posto, leia abaixo uma teoria que pode render bons frutos, desde que bem usada, o que não se provou no exemplo que segue.

Tudo começou numa festa qualquer, em uma cidade qualquer do planeta Terra. Mirei eu uma garota interessante que, acompanhada de uma amiga dançava e bebia um desses drinks femininos que um homem jamais toma. Ela estava de um lado, eu de outro e nossos olhares cruzavam-se com freqüência. Decidi que antes de intercepta-lá, antes de interromper sua dança com alguns disparates amorosos, eu deveria usar de um artifício, uma técnica para saber se o olhar que ela lançava era pra mim, ou não.

Escolhi um ponto, perto da parede, posicionado de frente para a garota, de maneira que ela pudesse ver que eu estava olhando na direção dela, mas ao mesmo tempo pudesse perceber que não era para ela que eu olhava, e visse que eu flertava com alguma outra pessoa da festa. Na verdade, olhava eu para a parede atrás dela, tal qual um retardado, sorrindo sensualmente e flertando com uma viga, um poste. Por vários minutos variava entre olhar para meus amigos, falar uma coisa qualquer para eles, e me voltava para olhar o poste, sempre passando os olhos rapidamente pela garota que me interessava de verdade. Meu objetivo era saber se ela me olhava. Se isso estivesse realmente acontecendo, cedo ou tarde ela se viraria, discretamente, para ver quem era a vaca, vadia, cadela que trocava olhares comigo. O plano seguia, e eu pacientemente esperava que ela olhasse para trás.

Cheguei mais perto dela, quase ao seu lado, e percebi que em um momento ela olhou pra trás e em seguida falou alto o suficiente para que eu ouvisse, e visse tudo que eu construi em minutos desabando. O comentário dela, no ouvido da amiga, alto, claro e em bom som foi:

- Ih! É viado!

Depois disso saiu, foi até o bar. Certamente pra comprar mais drinks femininos que, na opinião dela eu devia gostar.

Nessa altura, minha cabeça matutava o que teria eu feito de errado, o que teria em mim que denunciasse essa suposta homossexualidade? Continuei pensando e quando voltei a olhar pra o poste do meu amor foi que percebi. Foi um estalo no meu cérebro. O lugar que mirei para executar o plano só tinha homens! Obviamente a garota jamais imaginaria que eu gostasse de dar vida a postes e por isso, associou meus olhares maliciosos a dezena de caras que estavam atrás dela. Logo concluiu que eu não respondia seus olhares porque eu preferia ficar olhando para homens de camisa pólo colada aos bíceps obtidos com suor, energético e muito suplemento alimentar.

Portanto, sugiro o uso de tal técnica com suave cuidado. Mire um ponto que tenha outra garota e aí então, poderá inclusive se estabelecer uma dupla trova de olhares.

3 comentários:

  1. Ahuahuhauhuahua ..... Paxão pela viga, rilitroos ....

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  2. O bom caçador fixa o olhar na presa, porém, a visão periféria está sempre no seu habitat natural. Por isso digo, somos todos maus caçadores.
    Quanto ao poste, é melhor deixa-lo de lado em festas e trova-lo apenas na rua, no caminho para casa, pois há vários.
    Lembro-me de caras com camisas polo coladas, e lembro-me também do amigo Cristian em alguma festa que não lembro qual, trovando-lhes para que assim tomasse Jhonny Walker de graça. Sinto vergonha.
    Saushauhsausausu

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  3. crisssssssssss
    haha tu me raxaaaa

    to te seguindoo
    bjaumxxx

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